Em tempos em que o respeito à diversidade e a promoção de ambientes inclusivos se mostram cada vez mais urgentes, o projeto Educar Colorido surge como uma potente ferramenta de transformação dentro das escolas públicas de Porto Alegre e Região Metropolitana. A iniciativa estreia em junho, mês da visibilidade LGBTQIAPN+, com foco na educação integral em sexualidade por meio da arte e da escuta ativa.
Cachoeirinha é um dos municípios que receberá o projeto, viabilizado com recursos de edital do Governo do RS (SEDAC PNAB RS nº 28/2024 – Cultura e Educação). Já estão confirmadas agendas na Escola Presidente Kennedy (Polivalente), em 26 de junho e 24 de julho.
A ação leva uma programação gratuita voltada a alunos e professores do Ensino Médio, com apresentações teatrais, oficinas formativas e rodas de conversa sobre diversidade sexual e de gênero. Além disso, uma cartilha será distribuída aos alunos como forma de orientação.
“Educar Colorido é um convite para olharmos com mais empatia para quem está ao nosso lado. A escola precisa ser um espaço de afeto, escuta e liberdade, onde todos se sintam pertencentes”, destaca Juliana Barros, idealizadora do projeto.
De acordo com o Observatório de Mortes e Violências contra LGBTQIA+, o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIAPN+ no mundo. Só em 2023, mais de 250 mortes violentas dessa população foram registradas no país. A violência também se reflete nos ambientes escolares: uma pesquisa da ONG Ação Educativa revelou que 73% dos estudantes LGBTQIA+ já sofreram algum tipo de violência ou discriminação na escola.
O ponto de partida é o espetáculo “Terapia Colorida – #TudoJunto&Misturado”, que utiliza o humor para abordar temas sensíveis de forma leve, acolhedora e acessível ao público jovem. Após as sessões, os participantes são convidados a dialogar sobre os temas apresentados e refletir sobre seus próprios contextos escolares e sociais. Além das apresentações, o projeto prevê oficinas com especialistas renomados nas áreas de Educação, Psicologia, Direito e Arte, promovendo espaços seguros para o compartilhamento de vivências e construção de conhecimento.
*Com informações da C2 Comunica. Foto: Egon Carlos