Após reciclagem de resíduos têxteis, cobertores são confeccionados para doação em Cachoeirinha

 

Após as enchentes de maio de 2024, Cachoeirinha foi beneficiada com um grande volume de doações de roupas, porém uma parte considerável dessas peças chegou em estado impróprio para distribuição – com mofo, umidade excessiva e contaminação por fungos. Por isso, a Prefeitura de Cachoeirinha resolveu transformar essas peças em cobertores. Cerca de 400 unidades chegarão na Casa de Doação, nesta terça-feira (22/7).

Além da reciclagem de resíduos têxteis, que possibilitou a higienização, reaproveitamento e conversão dos tecidos em cobertores, o Município adotou outra solução sustentável, o coprocessamento dos resíduos contaminados em fornos industriais, garantindo a destruição segura dos agentes patogênicos. A solução foi proposta por meio de um alinhamento entre os gabinetes do prefeito Cristian Wasem e da primeira-dama Fabi Medeiros, das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMMAS), Infraestrutura e Serviços Urbanos (Smisu) e Cidadania e Assistência Social (SMCAS).

A Casa de Doação do Município (Avenida José Brambila, 1540, Vila Vista Alegre) faz a entrega responsável e projetos de doações e está inserida na Campanha do Agasalho em andamento na cidade. Segundo a assessora especial de Gabinete, Tábata Rodrigues, a entrega dos cobertores confeccionados por meio desse processo representa não apenas um gesto de solidariedade, mas também um marco em sustentabilidade urbana. “Trata-se de uma ação que une assistência social, consciência ambiental e tecnologia, promovendo economia circular e valorizando os recursos já existentes. Com essa iniciativa, o Município reafirma seu compromisso com o bem-estar da população e com a proteção do meio ambiente”, frisa.

Impacto no meio ambiente

A reciclagem é um instrumento fundamental da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e propõe a reinserção dos resíduos na cadeia produtiva, evitando que terminem em aterros sanitários ou no meio ambiente. No caso dos tecidos, o descarte inadequado representa um grave problema ambiental: além de ocupar grande volume nos aterros, os tecidos podem levar décadas para se decompor, liberando microfibras plásticas e substâncias químicas nocivas ao solo, à água e ao ar.

O setor têxtil é um dos que mais impacta o meio ambiente globalmente – responde por aproximadamente 10% das emissões de gases de efeito estufa no mundo e está entre os maiores consumidores de água industrial. O descarte de roupas, muitas vezes feito de forma incorreta, agrava esse cenário, reforçando a necessidade de soluções inovadoras como a que foi implementada em Cachoeirinha.

*Com informações da Prefeitura de Cachoeirinha.

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