Está marcado para a próxima quarta-feira (6), no Fórum de Cachoeirinha, o júri popular de Andrew Heger Ribas, acusado de matar o próprio avô, Rubem Affonso Heger, de 85 anos, e a companheira dele, Marlene dos Passos Stafford Heger, de 53. O crime, que ocorreu em fevereiro de 2022 na Vila Carlos Antônio, chocou a Região Metropolitana pela brutalidade e pela suspeita de motivação financeira.
Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), Ribas cometeu os assassinatos em conjunto com sua mãe, Cláudia de Almeida Heger, que também havia sido denunciada, mas faleceu em março deste ano, após ser liberada da prisão para tratar uma infecção. Ambos estavam presos preventivamente desde maio de 2022.
O réu será julgado por cinco crimes: dois homicídios duplamente qualificados (por motivo torpe e dissimulação), ocultação de cadáver, fraude processual, resistência e maus-tratos a animal doméstico. Após matarem o casal dentro da residência, os acusados esconderam os corpos em um veículo, obstruíram a garagem com colchões e mataram a cachorra da família, colocando o animal dentro de uma caixa de gordura.
Inicialmente, o júri estava previsto para novembro do ano passado, mas foi adiado após Ribas firmar um acordo de delação premiada, no qual revelou que os corpos das vítimas foram queimados em uma churrasqueira com lenha e carvão. Os corpos nunca foram encontrados. O promotor Caio Isola de Aro representará o MPRS no julgamento, que deve se estender por dois dias. A expectativa é que novos detalhes venham à tona no plenário, diante das revelações recentes e da comoção em torno do caso.
