O Ministério Público Eleitoral do Rio Grande do Sul recomendou a absolvição do prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasem Rosa, e do vice-prefeito, João Paulo Martins, em ação que investigava suposto abuso de poder político, econômico e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições municipais de 2024.
O parecer, emitido no dia 30 de outubro pela 143ª Zona Eleitoral de Cachoeirinha, concluiu que não houve irregularidades na conduta dos gestores e que as ações questionadas tinham caráter administrativo e legal. O documento foi assinado após análise das provas apresentadas no processo, que teve como autor o ex-candidato a prefeito David Almansa.
Entre os fatos investigados estavam a distribuição de calçados a alunos da rede pública, publicações em páginas locais e repasses de verbas durante o período das enchentes. Segundo o Ministério Público, a entrega dos tênis resultou de um processo licitatório iniciado em 2023, dentro do cronograma regular da Secretaria de Educação, e não teve vínculo com o pleito eleitoral. Também foi constatado que não houve divulgação institucional nem participação direta do prefeito ou do vice nas entregas, afastando qualquer caráter promocional.
Em relação à destinação de recursos federais para ações emergenciais durante as enchentes de 2024, o Ministério Público apontou que os repasses seguiram as normas da Defesa Civil e não tiveram relação com o processo eleitoral, comprovando que os valores foram aplicados de forma regular e transparente.
Ao final, o órgão recomendou que a Justiça Eleitoral julgue improcedente a ação, pedindo a absolvição integral de Cristian Wasem Rosa e João Paulo Martins, por entender que não há provas de uso indevido de recursos públicos, condutas vedadas ou abuso de poder político e midiático. O parecer será analisado pela juíza Suélen Caetano de Oliveira, que deve emitir decisão nas próximas semanas.
