Sicredi Origens RS recebe inscrições para o Fundo de Desenvolvimento Social até 14 de março

 

Como instituição financeira cooperativa, a Sicredi Origens RS prioriza seus associados, mas também as comunidades nas quais está inserida. E por isso desenvolve diversas ações baseadas no pilar social. Uma delas é o programa através do qual 3% dos resultados dos associados são destinados a iniciativas que promovem a cultura, educação, esporte, saúde, segurança, sustentabilidade e ações emergenciais. O Fundo de Desenvolvimento Social foi criado em 2018 e já contemplou mais de 740 entidades de Gravataí, Cachoeirinha, Porto Alegre, Canoas, Glorinha, Alvorada, Esteio, Sapucaia do Sul e Viamão.

“Queremos um associado que vá bem nos seus negócios, mas nos preocupamos que, onde ele more, a sociedade também esteja bem. Por isso, trouxemos este recurso em 2018. Até agora foram mais de R$ 5 milhões distribuídos para o Fundo de Desenvolvimento Social. Isso é um resultado da movimentação dos associados que volta para a sociedade”, destaca o vice-presidente da Sicredi Origens RS, Alcides Brugnera.

No ano passado, devido às enchentes no estado, o Fundo de Desenvolvimento Social não foi realizado, mas a Cooperativa disponibilizou outros R$ 5 milhões para entidades assistenciais. A instituição financeira também montou um centro de distribuição em Gravataí, que recebeu mais de 30 carretas de alimentos e pôde ajudar pessoas atingidas pelo evento climático em diversas cidades.

Com recursos obtidos por meio da agência Sicredi Gravataí Centro, a Apae adquiriu alguns equipamentos para a oficina de música.

 

O Fundo de Desenvolvimento Social 2025 já está com inscrições abertas. Os projetos podem ser cadastrados até o dia 14 de março no site do Sicredi. As entidades interessadas em participar da seleção são orientadas a consultar o regulamento antes, pois foram incluídos critérios como tempo mínimo de seis meses de associação na Cooperativa e a realização do curso gratuito e online sobre como elaborar projetos sociais.

A gerente da agência Sicredi Gravataí Centro, Roberta Cornely, aponta que análise dos projetos contemplados é feita por um comitê formado por associados, coordenadores de núcleo, de cada região onde as ações serão implementadas. Esse grupo realiza, inclusive, visitas às instituições para entender como os recursos serão aplicados. Ela frisa que este ano o valor máximo destinado por projeto é de R$ 15 mil.

“Somos uma instituição financeira cooperativa, isso é nossa devolução para a sociedade. É importante que as pessoas saibam que sendo um associado do Sicredi já estão ajudando a sociedade”, comenta Roberta ao explicar que quanto mais associados, maior o recurso que a agência poderá disponibilizar para os projetos sociais.

Confira o regulamento aqui. Faça a inscrição e saiba mais sobre o Fundo de Desenvolvimento social, neste link.

 

Apae Gravataí aplicou recursos recebidos em projetos esportivos e de música

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Gravataí já recebeu recursos do Fundo de Desenvolvimento Social em duas ocasiões. Em 2022, adquiriu materiais para a prática esportiva e no ano seguinte equipamentos para a oficina de música. Segundo a coordenadora da Apae Gravataí, essas são as atividades prediletas dos cerca de 140 usuários e a verba viabilizou a compra de materiais que têm feito a diferença no dia a dia.

Na área de esportes, a Apae conta com futebol de salão, judô, capoeira, entre outras modalidades. Há usuários que participam das Paraolimpíadas das Apaes e do Estado do RS e são destaques em competições. O oficineiro de música, Luís Gabriel, explica que o instrumento favorito dos alunos é a bateria. Mas muitos também adoram o violão, a guitarra e o teclado.

“Percebo que eles têm cada vez mais vontade de participar. No início, alguns diziam que só queriam olhar e escutar os colegas. Mas, com o tempo, começaram a se envolver”, salienta o músico, que também está fazendo pinturas nas paredes da instituição, reproduzindo desenhos feitos pelos usuários.

Assim como recorreu ao edital da Sicredi Origens RS e obteve recursos para os seus projetos, a Apae procura apoiadores com o objetivo de dar continuidade ao trabalho e manutenção de sua sede, localizada na Rua Antônio Francisco Fonseca, 112. A secretária e o diretor social da entidade, Maria Aparecida Fortes e Abel Olmedo, ressaltam que no ano passado foi desenvolvido um projeto para captação de sócios, com o intuito de ampliar a verba para as melhorias necessárias no espaço. Recentemente, a associação começou a divulgar a proposta inspirada no conceito de cooperativismo.

“Criamos meios para ter mais sócios. Há três modalidades para doação, Bronze, Prata e Ouro.  Na Bronze, seriam R$ 30 por mês. Na Prata R$ 50 e na Ouro R$ 100. Nossa ideia é que haja uma contrapartida para os sócios ativos: a cada mês sortear um brinde para eles”, antecipa Abel. Os interessados em se associar podem entrar em contato com a Apae Gravataí pelo WhatsApp (51) 99555-3026, Facebook ou Instagram. Pessoas Físicas e Jurídicas podem ajudar e ter o valor abatido do Imposto de Renda.

 

Lucas passou por treinamento para o mercado de trabalho na Apae e hoje compõe o quadro de funcionários.

 

Desenvolvendo pessoas

Assim como a Sicredi Origens RS, a Apae Gravataí, atualmente dirigida por Márcia Nunes, atua em prol do desenvolvimento das pessoas. Por essa razão, seus projetos contemplam diversas áreas. Há, por exemplo, o programa Vida Diária, no qual foi criada a “casa modelo”. Uma sala da instituição foi mobiliada para que os usuários aprendam atividades cotidianas e assim, possam ter mais autonomia em casa.

Outra iniciativa da Apae que contribui para a formação das pessoas é a oficina de aprendizagem voltada ao mercado de trabalho. Com a capacitação e a parceria de empresas, muitos usuários têm conquistado vagas e outras perspectivas profissionais. Esse é o caso de Lucas Duarte, autista, que há quatro meses foi contratado em regime CLT pela própria Apae, após o treinamento.

“Quando eles (usuários da Apae) veem alguém igual a eles que foi contratado se sentem motivados”, frisa o morador do Loteamento Xará que atua como monitor, auxiliando os oficineiros e a direção. Dedicado e elogiado pela equipe quanto ao comprometimento com as funções, o jovem faz planos para crescer profissionalmente, deseja uma promoção para trabalhar na área administrativa.

Residentes na Vila Natal, Roseli Marques Reis e a mãe, Maria, demonstram gratidão à Apae. O irmão de Roseli, Marcos, é atendido pela instituição há mais de 15 anos. “Sempre digo, o que seria das nossas vidas sem a Apae? Só temos a agradecer”, comenta. “Tudo o que tem na Apae, ele adora”, afirma a moradora, garantindo que o irmão aprende muito com os professores e fica muito feliz em participar das atividades. “Ele fez uma cirurgia recentemente e os professores foram visitá-lo. A recuperação dele tem nome, é Apae”, diz.

Fotos: Priscila Milán/Giro de Cachoeirinha

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